quarta-feira, 10 de outubro de 2012

front

Recordando o passado a partir de novas interpretações
Ouço a música diferente
Retrocedo por pesar, sem parar para ver a estrada à minha frente
Renasci, mas será que meu sonho não está grande demais para o que realmente preciso
Assista essa cena, porque se repetirá tantas vezes que um dia será capaz de relevar.
A onda passa, leva parte do que havia construído....triste
Um choro que ecoa
Uma mentira que se revela
Um amor que esmorece
Perdoar?
Para que?
Esquecer? Como?
Revejo o presente, como se muitas vezes o tivesse presenciado
Frustração?
Talvez o sonho tenha perdido um pouco o sentido
Finjo ou não? a realidade se estampa em  minha face
Talvez dois comprimidos para dormir resolvam
Não toque, nem fale, não estarei
Ficar passível? À derrota ou ao desaforo?
Inserções de cenas que não estavam previstas, como a notas insanas que tocam agora
Prepararei os caminhos mas precisarei tomar decisões e infelizmente já sei qual será
A tempestade trouxe para mim, mensagens de um outro tempo, onde não houve paciência, nem liberdade
Já visitei esses cenários e dessa vez prefiro não entender completamente o enredo
às vezes dói
Preciso ir, encontrar alguma forma de escapar da armadilha que criei para mim mesma
Chorei a canção e comemorei a paz da solidão e do silencio da alma
se a mente corre mais rápido, precisarei sair em busca de algo que traga balanço...
Já não quero mais lágrimas nem coração apertado como um pressentimento que se confirma
Seria tolice? Acreditar que a mudança pode vir a mudar o que concebi como verdade
Deixei o vento levar meu véu, queria ver sua liberdade nascendo
Esqueci de aceitar que a porta ficaria aberta
que o vento traria e levaria o que quisesse
talvez tenha me arrependido
meu coração diz que não
não importa
porque mais um dia dormirei com o peito apertado e precisarei da Lua para me recuperar
só queria equilíbrio....só?
Vesti a malha fina que separa meu corpo e minha alma
Mas não posso me ferir, nem deixar que um fio sequer se desfaça
Para que serve o orgulho?
Separa até o amor....
No final de tudo só queria dizer que perdi alguma coisa no meio do caminho

sábado, 6 de outubro de 2012

em branco

São escolhas
São decisões às vezes a base de dor
às vezes de amor
nunca acreditei em sina, mas não será essa uma?
Como andarilha percorri tantos caminhos, conheci tantas pessoas e no fim não havia porto seguro senão minha auto estima e minha família e minha amiga
duplos sentidos
saudades
crenças fortes
e depois a falta de fé
percorri a pé terrenos repletos de pedregulhos
precisei recuperar minha sanidade tantas vezes perdida
precisei de espelhos para perceber tantos ângulos
siga em frente....
olhe nos olhos;;;
viva, morra e renasça
dormi para amortecer
chorei para dar vazão
fiquei insone para não esquecer
não prolonguei a dor, mas me recusei a fingir que não existia
tive que ser uma rocha
preferia o entorpecimento às vezes
mas não sou uma rocha
nem posso te mudar
quando saberei a hora de sair do mar?
quando saberei que é hora de cessar as lágrimas e seguir meu caminho?
Tinha esquecido de momentos como esse
não pensei que passaria por isso de novo
sina?
quando começo a temer as noites, sei que abandonei meu ninho
sei que perdi alguma coisa
quando passo a deixar o secreto e meu lado estranho de lado, sei que deixei algo cair de minhas mãos pelo caminho
não posso ser o problema de novo, eu não suportaria
cresci tanto, me enfiei de cabeça quando mais tive medo
publiquei a quem quisesse ler meus sentimentos, minha felicidade, meus temores, me desnudei
e agora? Rezo para o que não vejo? Silencio meu grito aflito?
Pedi, quando sabia que não aconteceria
Gritei quando sabia que não seria ouvida
Acreditei por pura ingenuidade
Escondi por vergonha
Construi meus sonhos sozinha para não me decepcionar
porque tantas vezes quis repartir o que ninguém mais tinha coragem de admitir querer
Anoiteceu e não temo estar sozinha
preciso decidir
sem temer a resposta