Verti de teu ventre sagrado
Sangrei a vida
Gritei a existência
Chorei a felicidade de ser cria de seres tao especiais
Batalhei a liberdade desconhecida
Busquei seus abracos na solidao
Busquei seu apoio em meus erros
Caminhei sozinha quando nao os tinha próximos
e agradeci a dádiva do aprendizado
Lutei a boa luta
Escorreguei no suor derramado à toa
Vibrei as vitórias conquistadas
Olhei para o céu quando nada entendi
e ainda assim estavam todos vocês ao meu lado
Demorei a acreditar que estariam sempre comigo
porque vivi em universos paralelos e
conheci lados dessa realidade crua que muitos morreram sem ver
E amei, cada segundo, por mais difícil que tenha sido passar por eles
E quando me perdi totalmente e senti o que havia de pior...
quando acordei da dor, senti suas maos e soube que tudo ficaria bem
ainda que nao fosse para sempre
E sorrio, porque de nada adianta continuar se nao houver uma boa gargalhada
ou mesmo um tímido sorriso a iluminar os olhos aflitos por alegria e amor
Porque nao seria se nao houvesse essa felicidade, ainda que às vezes escondida
e nao seria se nao fossem os sonhos e
os olhos a brilhar
como estrelas sussurando a bencao de existir.
Nada seria se nao tivesse vertido de seu ventre e carregado o sangue de vocês dois
Nada seria se nao tivessem partilhado da dádiva do amor
e se dele nao tivessem gerado criaturas tao singulares
Se um me deu o conhecimento e o outro o sentimento, agradeco porque dos dois aprendi o que é sabedoria
porque por sua causa vivo o amor incondicional
e por suas vidas e pela minha, continuo a caminhar
e a conquistar
e a esperar o próximo momento de partilhar tudo de novo com vocês.
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