quarta-feira, 31 de março de 2010

notas de um pensamento

Às vezes quero escrever, mas nao sei bem o que nem como......fico admirando a página vazia.......há beleza no nada que quer dizer tudo.

Encontro lirismo na falta de palavras ou em seu excesso que também impede qualquer texto minimamente bem pensado ou sentido.

Fecho os olhos em busca de um caminho para as águas sem rumo que correm em minha mente, em meu espírito, em meu corpo..........porque em cada pedacinho de mim, há novas vertentes querendo brotar......mas sei que nao há rios sem margens, senao se perderiam sobre a terra e deixariam de ser.

Essencia.....costumo pensar na minha.....é minha margem, o que me define como sou, mas nem por isso me limita como ser mutante e instável que sou. Sei que posso ser cachoeira se assim encaminhar minhas águas ou ser remanso calmo ou ser corredeira desvairada.

Espírito.......sou deus em mim mesma, sem a prepotencia do deus que está acima de tudo.....porque temos o livre arbítrio......nossa prisao e nossa libertacao.

Tenho a liberdade de dizer o que penso e a humildade para mudar de idéia....
Temo a ignorancia burra (consciente), ainda que reconfortante
Amo a música, como expressao pura de mim e do deus que sou em parte
Amo o rock, como expressao pura de minha revolta contra a paralisia consciente da mente, contra a falta de questionamentos, contra o conformismo em sua mais plena forma

Sou a antítese muitas vezes, a pedra atirada no lago que causa ondas incomodas ou mudancas, a voz alta que às vezes precisa ser calada, mas que em alguns momentos provoca o silencio para reflexao

Penso novamente nas águas......elas nao temem sua forca......entao por que eu às vezes temo a minha?

Eu disse que estava pronta para o novo desafio....pois entao......preciso primeiro domar a forca de minhas corredeiras.