domingo, 18 de setembro de 2011

em um velho porto

Vias imperfeitas de um caminho sedutor
Fugas mal sucedidas
Longas esperas por faces que nao apareceram
nem coracoes
Janelas vazias pela rua principal de uma pequena cidade
Silencio e brisa
algo de surreal paira no ar
Cancoes de alegria e saudades
de algum tempo que já se foi
de sabores que nao existem mais a nao ser nas lembrancas
um coracao se move com o vento
como se nao soubesse mais por onde seguir
Dias de fúria
Dias de paz
Dias de solidao
a espera de algo que existe somente em sonhos
Um deus desconhecido embasa sua fé
nem por isso menos forte
nem por isso menos irreal
Flores desperdicadas
pétalas vas
emocao em vao
Eco alto de um grito sufocado
A pureza dos insensatos
A fragilidade dos soberbos
O desejo dos perdidos
Uma lei sem nome e autor
que alguém segue por escolha e principios
Uma fonte
águas que correm e levam consigo tudo que nao agrega
tudo que precisava ser perdido
ainda que contra vontade
Escorre da ferida o sangue dos sonhadores
Canta-se a melodia da forca e do desejo inabalavel
Grita a rebeldia própria dos sábios e aprendizes
Recolhem as folhas aqueles que já viveram a torpe ilusao do existir sem desistirem jamais de seus sonhos
porque ainda há o que viver
ainda haverá surpresas
e novas vidas trazidas pelo caos dos desejos
A esperanca de ver que ainda há motivos para acreditar.

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