sábado, 6 de outubro de 2012

em branco

São escolhas
São decisões às vezes a base de dor
às vezes de amor
nunca acreditei em sina, mas não será essa uma?
Como andarilha percorri tantos caminhos, conheci tantas pessoas e no fim não havia porto seguro senão minha auto estima e minha família e minha amiga
duplos sentidos
saudades
crenças fortes
e depois a falta de fé
percorri a pé terrenos repletos de pedregulhos
precisei recuperar minha sanidade tantas vezes perdida
precisei de espelhos para perceber tantos ângulos
siga em frente....
olhe nos olhos;;;
viva, morra e renasça
dormi para amortecer
chorei para dar vazão
fiquei insone para não esquecer
não prolonguei a dor, mas me recusei a fingir que não existia
tive que ser uma rocha
preferia o entorpecimento às vezes
mas não sou uma rocha
nem posso te mudar
quando saberei a hora de sair do mar?
quando saberei que é hora de cessar as lágrimas e seguir meu caminho?
Tinha esquecido de momentos como esse
não pensei que passaria por isso de novo
sina?
quando começo a temer as noites, sei que abandonei meu ninho
sei que perdi alguma coisa
quando passo a deixar o secreto e meu lado estranho de lado, sei que deixei algo cair de minhas mãos pelo caminho
não posso ser o problema de novo, eu não suportaria
cresci tanto, me enfiei de cabeça quando mais tive medo
publiquei a quem quisesse ler meus sentimentos, minha felicidade, meus temores, me desnudei
e agora? Rezo para o que não vejo? Silencio meu grito aflito?
Pedi, quando sabia que não aconteceria
Gritei quando sabia que não seria ouvida
Acreditei por pura ingenuidade
Escondi por vergonha
Construi meus sonhos sozinha para não me decepcionar
porque tantas vezes quis repartir o que ninguém mais tinha coragem de admitir querer
Anoiteceu e não temo estar sozinha
preciso decidir
sem temer a resposta


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