sábado, 16 de julho de 2011

O azul de minha família




Verti de teu ventre sagrado

Sangrei a vida

Gritei a existência

Chorei a felicidade de ser cria de seres tao especiais



Batalhei a liberdade desconhecida

Busquei seus abracos na solidao

Busquei seu apoio em meus erros

Caminhei sozinha quando nao os tinha próximos

e agradeci a dádiva do aprendizado



Lutei a boa luta

Escorreguei no suor derramado à toa

Vibrei as vitórias conquistadas



Olhei para o céu quando nada entendi

e ainda assim estavam todos vocês ao meu lado

Demorei a acreditar que estariam sempre comigo

porque vivi em universos paralelos e

conheci lados dessa realidade crua que muitos morreram sem ver

E amei, cada segundo, por mais difícil que tenha sido passar por eles



E quando me perdi totalmente e senti o que havia de pior...

quando acordei da dor, senti suas maos e soube que tudo ficaria bem

ainda que nao fosse para sempre





E sorrio, porque de nada adianta continuar se nao houver uma boa gargalhada

ou mesmo um tímido sorriso a iluminar os olhos aflitos por alegria e amor

Porque nao seria se nao houvesse essa felicidade, ainda que às vezes escondida

e nao seria se nao fossem os sonhos e

os olhos a brilhar

como estrelas sussurando a bencao de existir.




Nada seria se nao tivesse vertido de seu ventre e carregado o sangue de vocês dois

Nada seria se nao tivessem partilhado da dádiva do amor

e se dele nao tivessem gerado criaturas tao singulares

Se um me deu o conhecimento e o outro o sentimento, agradeco porque dos dois aprendi o que é sabedoria

porque por sua causa vivo o amor incondicional

e por suas vidas e pela minha, continuo a caminhar

e a conquistar

e a esperar o próximo momento de partilhar tudo de novo com vocês.

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